Sinopse: Numa noite de neve, a sua mais recente vítima é a atraente Ju-Yeon, filha de um chefe da polícia reformado e noiva de Soo-hyun, um agente especial de elite. Sedento de vingança, Soo-hyun decide perseguir o assassino mesmo que ao fazê-lo se torne também ele um monstro. E quando finalmente o consegue apanhar, entregá-lo às autoridades é a última coisa que lhe passa pela cabeça. A linha entre o bem e o mal desvanece-se neste diabólico e maquiavélico jogo do gato e do rato.
Opinião: Este é um filme diferente daquilo a que estamos habituados. Não é fabricado em Hollywood e como tal é bem mais puro em termos de violência e sem as habituais cenas cliché. Confesso que comecei por achar o filme cómico e foi logo no início quando encontram uma parte do corpo de Ju-Yeon a boiar num rio. A cena seguinte de jornalistas e polícia chega a tornar-se surreal. O filme começa com a cena que leva ao rapto e posterior morte de Ju-Yeon e até ao final da primeira hora vemos o seu noivo, Soo-hyun em busca do assassino e o primeiro encontro com este. É a partir daqui que Soo-hyun começa a execução da sua vingança chegando ao ponto de a certa altura tentarmos fazer a distinção entre o bem e o mal (que é o que normalmente fazemos) e não conseguirmos pois essa linha já não existe. A última meia hora é muito intensa pois os ânimos exaltam-se mais ainda com as coisas a perderem o controlo e sem sabermos como será o desfecho.
Gostei muito dos actores, as expressões faciais do serial killer Kyung-chul são qualquer coisa de naturalmente assustadoras e de uma loucura eminente. Tem bastante gore e a história está muito boa.
Em termos de pontos contra tenho a apontar a extensão do filme e as sessões de pancadaria. Pareceu-me muito surreal uma pessoa levar tamanhas cargas de porrada e continua a andar pelo próprio pé, ou então é erro meu e de facto os coreanos são um povo resistente.
É um filme a ver por ser diferente e por não ter provavelmente os recursos hollywoodescos à mão e sair algo tão puro e bom, no entanto, só o consideraria excelente e extraordinário, como classifica a maior das críticas que li, no panorama cinematográfico coreano, de uma forma geral não o faria.
Nota: 6/10