sábado, 10 de setembro de 2016

Holocausto Canibal (1980)

Sinopse: Uma equipa de filmagens, liderada pelo realizador Alan Yates, desaparece sem deixar rastos enquanto roda um documentário sobre canibais na Amazónia. O professor Monroe lidera uma equipa de salvamento, mas só encontra as bobinas deixadas pela equipa desaparecida. Em Nova Iorque, ele e os executivos da estação de TV assistem, em choque, ao material bruto filmado por Yates.

 “Cannibal Holocaust” foi banido em vários territórios e Deodato acusado de homicídio em Itália, tendo de provar que os seus actores estavam vivos. O realizador usou de forma engenhosa os mecanismos daquilo que se viria a chamar “found footage”, tornado popular com “The Blair Witch Project”, quase 20 anos depois.

Opinião: Pouco haverá mais a dizer sobre um clássico como este que já não se saiba. Para a época, um filme genial que veio chocar o mundo trazendo muitos dissabores ao seu realizador Ruggero Deodato.

A primeira parte do filme está baseada na expedição da equipa de salvamento para descobrir o que aconteceu com a equipa de documentários desaparecida há dois meses. Aqui são-nos apresentados alguns dos brutais costumes das tribos envolvidas e a forma como esta equipa de salvamento tenta ganhar a sua simpatia.
Na segunda parte, Deodato explora o que 20 anos depois viríamos a classificar de “found footage”. Para além do brutal gore e violência psicológica muito bem filmados para a época, o realizador devolve também uma forte crítica social aos Estados Unidos que nos é dada de forma, por vezes, não tão subtil, com o racismo e a dicotomia entre o selvagem e o civilizado e como os dois conceitos se confundem. Esta dicotomia é bastante notada na viragem dos primeiros 50 minutos para os últimos.
Um clássico obrigatório.

Nota: 10/10

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