Sinopse: Uma equipa de filmagens, liderada pelo realizador
Alan Yates, desaparece sem deixar rastos enquanto roda um documentário sobre
canibais na Amazónia. O professor Monroe lidera uma equipa de salvamento, mas
só encontra as bobinas deixadas pela equipa desaparecida. Em Nova Iorque, ele e
os executivos da estação de TV assistem, em choque, ao material bruto filmado
por Yates.
“Cannibal Holocaust” foi banido em vários territórios e Deodato acusado de homicídio em Itália, tendo de provar que os seus actores estavam vivos. O realizador usou de forma engenhosa os mecanismos daquilo que se viria a chamar “found footage”, tornado popular com “The Blair Witch Project”, quase 20 anos depois.
Opinião: Pouco haverá mais a dizer sobre um clássico como
este que já não se saiba. Para a época, um filme genial que veio chocar o mundo
trazendo muitos dissabores ao seu realizador Ruggero Deodato.
A primeira parte do filme está baseada na expedição da
equipa de salvamento para descobrir o que aconteceu com a equipa de
documentários desaparecida há dois meses. Aqui são-nos apresentados alguns dos
brutais costumes das tribos envolvidas e a forma como esta equipa de salvamento tenta ganhar
a sua simpatia.
Na segunda parte, Deodato explora o que 20 anos depois
viríamos a classificar de “found footage”. Para além do brutal gore e violência
psicológica muito bem filmados para a época, o realizador devolve também uma
forte crítica social aos Estados Unidos que nos é dada de forma, por vezes, não
tão subtil, com o racismo e a dicotomia entre o selvagem e o civilizado e como
os dois conceitos se confundem. Esta dicotomia é bastante notada na viragem dos
primeiros 50 minutos para os últimos.
Um clássico obrigatório.
Nota: 10/10
Sem comentários:
Enviar um comentário