terça-feira, 5 de novembro de 2019

Pay the Ghost (2015)

Sinopse: Descrição: Durante um desfile na noite de Halloween, um menino de oito anos desaparece misteriosamente. Depois de um ano sem qualquer pista, os pais do garoto começam a sentir presenças estranhas. O casal decide se unir para procurar seu filho em toda a cidade de Nova York. O que ninguém esperava é a descoberta de um espirito vingativo, cheio de segredos antigos que colocam a vida do menino em perigo.


Opinião: Nicholas Cage já nos surpreendeu bastante pela negativa, no entanto, não desisto de continuar a visionar o seu trabalho mesmo desconfiando que não vai correr bem.
A acção não é nada de novo, uma criança que desaparece, neste caso na noite de Halloween, que origina a separaçao dos pais. Um ano depois os pais começam a sentir a presença do filho e a receber sinais. Assim juntam-se em busca do filho e começam então a descobrir mais sobre um espírito que eventualmente poderá levar crianças.
A história é interessante e Cage juntamente com Sarah Wayne Callies fazem um bom trabalho apesar de muitos clichés e muitas falhas. Cinematografia péssima e pouca tensão para um filme classificado como terror.
Bom para um Domingo à tarde quando não há mais nada para ver.

Nota: 6/10

O Intruso (2019)


Sinopse: Um casal compra uma extensa propridade em Napa Valley, a região da Califórnia conhecida pelos seus vinhos. A herdade é magnífica e a casa um sonho. O problema é o antigo proprietário, que se recusa a ir embora e a cortar com um passado que já não lhe pertence.

Opinião: Um filme que promete pouco apesar de Dennis Quaid fazer parte do elenco. Como thriller a estrear nos nossos cinemas, vale sempre a pena dar uma olhada.

A acção parece interessante de início com a situação da venda da casa ao jovem casal. à medida que avança, as atitudes de Charlie (Dennis Quaid) começam a ter tanto de estranhas como de invasivas. Apesar do marido perceber a estranheza das situações, Annie parece não perceber e inclui o antigo proprietário em algumas actividades.
Tirando Dennis Quaid, os actores são péssimos e mesmo com algum suspense, o filme não deixa de ser previsível. Ainda assim há piores.


quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Brightburn - O Filho do Mal (2019)

Sinopse: Uma criança de outro mundo despenha-se na Terra. Mas, em vez de se tornar um herói para a Humanidade, revela-se um personagem sinistro.

Opinião: Interessante premissa a fazer lembrar a história de Clark Kent e realmente em tudo é muito semelhante a não ser umas pequenas particularidades.
A acção começa com um casal que sonha em ter uma criança mas não consegue. Eis que do céu despenha-se uma espécie de nave com um bebé dentro que o casal crê ser o seu milagre. Só quando atinge a puberdade é que Brandon Breyer começa a desenvolver alguns comportamentos estranhos e que o mesmo não entende. Rapidamente aquilo que imaginámos com um super herói revela-se o oposto e não parece inclinado a salvar a humanidade.
Para dizer o minimo, numa altura em que o cinema de terror está um horror, esta hist´roia tem o seu quê de lufada de ar fresco: uma criança do mal com poderes de super herói e comportamento sinistro que nos proporciona alguns momentos de malvadez bem como algum gore. Uma interpretação excelente de Jackson A. Dunn. uma boa cinematografia e alguma tensão fazem deste filme uma boa aposta.
Melhor só aprofundando mais ainda a história para ficarmos um pouco mais envolvidos.

Annabelle 3 - O Regresso a Casa (2019)

Sinopse: Annabelle, a boneca mais demoníaca de todos os tempos, é entregue aos investigadores Ed e Lorraine Warren para que, de uma vez por todas, seja bem guardada e colocada bem longe de quem quer que seja. No entanto, quando a boneca entra em contacto com os outros objetos que estão guardados no mesmo sítio que ela, todos ganham vida e vão aterrorizar a pequena Judy…

Opinião: Eu, de facto, pensava que iriam parar no segundo filme de Annabelle e que apostassem num outro spin-off qualquer em vez de dar continuidade à saga Annabelle. Mas enfim, lá veio o terceiro filme a prometer muito também.
A acção começa com um prólogo com Ed e Lorraine, o que para os fãs será um bálsamo, a fechar a boneca na sua caixa de vidro de modo a que não posso fazer mal a mais ninguém. Após esta introdução começamos a acompanhar a filha do casal, Judy, e a forma como lida diariamente com a profissão dos pais entre outros dilemas pessoais que começa a enfrentar. Tudo isto com a ajuda da sua babysitter que adora Judy e envolve-se cada vez mais em determinadas questões.
A história deste filme poderia ter sido melhor explorada dada a ênfase atribuída a Judy. Uma pena que a páginas tantas se torne mais um filme da moda com adolescentes a fugirem de espíritos.
Actores mais ou menos e muitos jump-scares, ainda assim é uma boa tentativa e quem apreciou os dois filmes anteriores, certamente também gostará deste.

sábado, 21 de setembro de 2019

Feliz Dia Para Morrer 2 (2019)

Sinopse: A sequela do filme com o mesmo nome passa-se agora no dia mais cor-de-rosa do ano… Mas de romântico este dia não terá nada…

Opinião: Dado que o primeiro deliciou muitos espectadores, eis que decidem fazer a sequela de Feliz Dia para Morrer
A acção começa onde fica o primeiro filme com os mesmos personagens. Logo de início, não é Tree que é afectada por este "feitiço do tempo" mas sim o seu colega Ryan. Depressa volta a ser ela a afectada e aparentemente existe uma explicação cientifica para este loop temporal. 
Nesta sequela é mantida a mesma linha do primeiro filme a todos os níveis, o que muda é a história. Parece que tentam complicar um pouco história e dar uma explicação mais elaborada para os eventos a ocorrer. Não resulta mal mas para o tipo de filme que se espera não era preciso tanto ênfase. Inclui também uma componente dramática relacionada com a mãe da protagonista, bem realizada mas que pouco acrescenta.
Um filme divertido.

Nota: 6/10

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Escape Room (2019)

Sinopse: Seis estranhos são convidados a competir num jogo que decorre num labirinto de salas. Quando descobrem que quem deixa uma determinada sala em último lugar vai morrer, fazem tudo para garantir a sua sobrevivência.

Opinião: Mais uma estreia deste ano em Portugal no mês de Janeiro. Após isualizar traliler e ler sinopse não fiquei muito entusiasmada, motivo pelo qual não assisti à estreia e demorei todo este tempo até decidir ver.
A acção começa com seis estranhos a serem convidados para entrar num jogo com vista a ganhar um prémio em dinheiro no final. A história não é nada de original e em certos aspectos até deixa a desejar. São muitas as claras influências que convergem neste filme mas principalmente a de Saw e Cube, que embora sejam boas não fazem deste filme uma longa memorável.
Os actores são mais ou menos e a cinematografia deixa algo a desejar, no entanto acaba por ser um thriller interessante caso não tenhamos mais nada para ver.

Nota: 6/10

Extremamente Perverso, Escandalosamente Cruel e Vil (2019)

Sinopse: A história do psicopata Ted Bundy na perspetiva de Elizabeth Kloepfer, a sua namorada de longa data. Durante anos, Elizabeth recusou-se a aceitar a verdade sobre o homem com quem partilhava a vida e que ficou na história como um dos assassinos mais implacáveis de todos os tempos.

Opinião: Com Zac Efron no papel de Ted Bundy, confesso que tive alguma dificuldade em me decidir a ver este filme na incerteza de ter uma desilusão. No entanto, inseguranças à parte, Zac Efron até não desilude.
A acção é baseada no livro escrito por Liz Kendall, que conta todos os detalhes sobre a sua vida com Ted Bundy. Quem vem ver este filme esperando saber mais sobre o serial killer e os detalhes sórdidos da sua morte, não vai encontrar esses pormenores aqui. Totalmente entregue ao espectador pela perspectiva muito emocional da ex namorada de Bundy acompanhando a sua prisão e as audiências de tribunal presencialmente e depois de se separarem, via televisão, visto ter sido o primeiro julgamento a passar na mesma.
A cinematografia está espectacular com uma réplica quase perfeita dos anos 70 com especial destaque para o guarda roupa. Zac Efron faz um trabalho excelente e somos ainda presenteados com a performance de John Malkovich e a surpreendente aparição de Haley Joel Osment e, pasme-se, James Hetfield dos Metallica.
Interessante para quem se interessa pela vida do serial killer, é mais cultura geral sobre o caso.

Nota: 7/10

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Come to Daddy (2019)

Sinopse: Norval é um trintão que mora com a sua mãe e tem tido problemas de dependência com álcool. Certo dia, recebe uma misteriosa carta do seu pai, com quem não tem praticamente relação. Na esperança de preencher o vazio que tem na sua vida, Norval mete-se num autocarro e decide ir visitá-lo. Mas algo não parece estar certo com o seu pai e lentamente Norval vai-se encontrar num autêntico pesadelo. Enquanto produtor, Ant Timpson tem estado por trás de muitos projectos que passaram pelo MOTELX (“ABCs of Death”, “Turbo Kid” e “Field Guide to Evil”) e agora realiza a sua primeira longa “Come to Daddy”, um filme que desafia os limites do género, que é tão imprevisível como inclassificável e nos dá a conhecer um Elijah Wood como nunca antes vimos.

Opinião: Esta longa foi a escolhida para fechar o MOTELX 2019 e embora não seja muito fã do trabalho de Ant Timpson enquanto produtor, não podia perder esta sessão de encerramento.
A acção promete inicialmente uma espécie de drama com Norval que decide visitar o pai com quem não tem relacionamento devido ao mesmo o ter abandonado com a mãe há 30 anos. Após o reencontro dos dois, temos uma abrupta reviravolta para uma comédia negra de nível duvidoso seguida de outra reviravolta na trama. Inúmeras piadas fáceis, satirização das personagens e das cenas gore, um seguimento da acção com pouco sentido e claramente uma crítica social utilizando a personagem de Wood. Encarando o filme como uma comédia negra em que não temos que pensar muito, é de facto uma longa divertida. 

Nota: 7/10

The Wind (2018)

Sinopse: Há muito que Elizabeth Macklin sente uma presença maléfica nos seus terrenos, mas não há nada que faça o marido pensar que não sejam apenas superstições. Quando um casal se instala numa casa decrépita ao seu lado, começa a passar por episódios estranhos e a paranóia em Elizabeth volta ao de cima. Com uma maior experiência em documentário, esta é a primeira ficção de Emma Tammi, que se atira de cabeça para um thriller western com toques sobrenaturais e que, à maneira do "The Witch", pega em elementos do folclore Americano para reescrever a história do terror. Emma Tammi revela mestria no uso do silêncio para nos fazer sobressaltar nos momentos altos do filme, assumindo influências de filmes como "The Shining" e "Carrie"."The Wind" estreou no festival de Toronto em 2018.

Opinião: Sendo que o Folk Horror foi um dos subgéneros fortes do MOTELX 2019, The Wind era uma longa a ver embora seja a primeira ficção da realizadora.
A acção não é muito complexa, situada no velho oeste americano no meio de nada, Lizzy acredita que existe algo paranormal na sua casa que surge principalmente de noite. O marido de Lizzy não acredita nestas superstições e quando um casal se instala numa casa perto deles, os eventos estranhos intensificam-se sendo que a determinada altura também o espectador duvida da sanidade mental de Lizzy.
Com uma boa cinematografia e interpretação decente, falha na homogeneidade da história, por vezes confusa e embora o suspense seja criado e nos envolva em alguns momentos acaba por perder com o final.
Com muito potencial mas mal aproveitado.

Nota: 5/10

domingo, 15 de setembro de 2019

The Lodge (2019)

Sinopse: Dedicados à sua devastada mãe, os irmãos Aidan e Mia guardam algum rancor a Grace, a jovem mulher com quem o seu pai recém-separado planeia casar. Recusam terminantemente as tentativas de aproximação de Grace e desenterram factos do seu passado trágico, mas subitamente vêem-se a sós com ela numa remota casa de férias na neve depois do pai ter ido à cidade trabalhar. À medida que o gelo vai derretendo entre eles, ocorrem eventos estranhos e assustadores que ameaçam libertar os demónios psicológicos da estrita educação religiosa de Grace. Depois do sucesso internacional de “Goodnight Mommy” – vencedor do Méliès d’Or em 2015 e candidato austríaco aos Óscars – o casal Veronica Franz e Severin Fiala regressam desta vez com produção norte-americana.

Opinião: Tendo em conta o trailer do filme e não tendo visto o primeiro filme da dupla, Goodnight Mommy (2014), que recebeu boas críticas, este foi mais um dos escolhidos para ver no MOTELX 2019.
A acção inicia de forma bastante dramática, dando profundidade às personagens e levando-nos a compreender uma situação bem comum hoje em dia: duas crianças que vivem com a mãe pois o pai se apaixonou por outra mulher. Após uma cena bem brutal, as crianças vêem-se quase obrigadas a passar o natal com o pai e a nova companheira numa casa em local remoto nas montanhas. Tendo o pai, por motivos de trabalho, se ausentado, as crianças e Grace vêem-se fechados nesta casa durante uma tempestade e é aqui que, além das propositadas provocações à mulher que lhes terá roubado o pai, começam a acontecer coisas estranhas e confusas para a audiência. Estarão as crianças a pregar partidas, será o passado de Grace a vir ao de cima ou haverá algo de paranormal naquela casa?
Na primeira hora de filme vemos a tensão ser construída com mestria embora considere algumas falhas a nível de história, no entanto pouco significativas. Na segunda parte do filme começam as excessivas menções religiosas e a história toma um rumo estranho, pouco claro e lento.
Com uma boa cinematografia, peca na falta de mais alguma profundidade na história e no ritmo lento quase aborrecido na aproximação do final e de uma boa reviravolta.

Nota: 6/10

Furie (2019) aka Get In

Sinopse: Paul Diallo, professor de história, vive uma vida tranquila com a sua mulher e filho. Certo Verão, empresta as chaves de sua casa à babysitter do filho e o seu namorado. Quando volta das férias, a família Diallo depara-se com a porta trancada. As fechaduras foram trocadas e os novos ocupantes afirmam que estão na casa deles. É nesta altura que o pacífico professor percebe que está num ponto sem retorno. É o início de uma batalha que irá pôr em causa o seu casamento, os seus valores e até a sua própria humanidade. A nova longa-metragem de Olivier Abbou revisita o género home invasion numa abordagem muito original baseado num caso verídico. Nos principais papéis encontramos Paul Hamy, o protagonista de “O Ornitólogo” de João Pedro Rodrigues.

Opinião: Filmes franceses nunca desiludem e este foi o escolhido por mim nesta edição do MOTELX 2019. É a segunda longa deste realizador e não tive oportunidade de ver a primeira pelo que embarquei mesmo às escuras neste filme.
A acção prende-se com uma situação caricata mas passível de acontecer: uma família vai de férias e empresta as chaves à babysitter do filho pois a mesma está com problemas de habitação. Quando regressam, a jovem e o marido ocuparam a casa afirmando-se como inquilinos ficando a família sem poder entrar em casa e com a lei do lado dos inquilinos. O desespero é bem transmitido todos nós, o terror de ficarmos sem a nossa casa, a par com o facto de se tratarem de uma casal em crise.
Este realizador mistura várias questões nesta longa: para além da clara menção ao momento social da França actual com alusões a racismo e descriminação, também foca a incapacidade do sistema de olhar a situações noutras perspectivas. Existe também o foco na "falta" de masculinidade do protagonista como seria esperado pela sociedade em geral e a forma como essa "fúria masculina" será despertada. 
Tenso, desesperante com um final a perspectivar-se intenso, perde tudo com a última cena do filme ,que embora tenha o seu significado, quebra a intensidade vivida nos minutos antes.


Nota: 7/10

sábado, 14 de setembro de 2019

Lords of Chaos (2018)

Sinopse: Oslo, 1987. Euronymous é um jovem de 17 anos determinado em escapar da sua vida pacata e suburbana para criar verdadeiro black metal Norueguês com a sua banda, os Mayhem. Acreditando estar na frente de uma revolução musical, o grupo começa a praticar actos cada vez mais violentos, como incendiar igrejas e roubar lápides de cemitérios. Mas quando Euronymous decide ficar com a maior parte do crédito destas acções agressivas, Varg, o seu colega de banda, combina um encontro macabro para decidir de uma vez por todas quem é o músico de black metal mais notório. Baseado numa história real, "Lords of Chaos" é assinado por Jonas Åkerlund, o realizador sueco conhecido pelos seus videoclipes e que na sua juventude foi também baterista de uma banda de metal.

Opinião: Filme sobre a banda Mayhem cuja crítica se divide: há quem goste muito e quem não goste nada, estes últimos possivelmente por serem fãs de black metal e existirem alguns aspectos focados menos "bons".
A acção segue Euronymous, a sua ideologia e os seus primeiros passos no black metal entre verdades e alguma ficção. O rasto de destruição que este grupo começou a deixar atrás de si assim como a surpresa de Euronymous perante as atitudes além das palavras dos seus amigos são aspectos bem construídos nesta longa. A história é bem brutal com cenas bastante gráficas e agressivas bem como mortes e suicídio cujas cenas são demoradas e exploradas.
Para apreciar esta longa sugiro o visionamento tentando ignorar o facto de ser baseado em factos reais pois desta forma poder-se-á apreciá-la sem juízos de valor.


Nota: 8/10

Midsommar - O Ritual (2019)

Sinopse: Dani e Christian são um jovem casal americano com a relação em risco. Mas depois de uma tragédia familiar os manter juntos, uma desgostosa Dani resolve fazer-se convidada de uma excursão de Christian e amigos até um festival de verão numa remota aldeia sueca. Aquilo que começa como umas descontraídas férias de verão na terra do sol da meia-noite muda drasticamente quando os aldeões os convidam para participarem nas festividades que tornam este paraíso pastoral cada vez mais desconcertante e perturbador. Ari Aster, realizador de “Hereditary”, propõe-nos um filme de terror solar, que Jordan Peele crê ter usurpado “The Wicker Man” como o filme de terror pagão mais icónico de sempre. Foi a estreia independente mais bem-sucedida este ano nos EUA.


OpiniãoEmbora não tenha considerado Hereditário um filme memorável mas que até gostei, tendo em conta se tratar da primeira longa-metragem do realizador, fiquei muito curiosa com a segunda tentativa e ainda para mais com a presença do mesmo na exibição do filme no MOTELX 2019.
A acção leva-nos até à Suécia na celebração de um solstício e até uma comunidade com um modo de vida pouco usual. À medida que a trama vai avançando, os protagonistas vão-se deparando com práticas demasiado chocantes.
A cinematografia desta longa é absolutamente espectacular e Ari Aster dirige com mestria um tema sombrio num cenário cheio de luz e flores. A tensão cresce conforme acompanhamos o desespero das personagens com certas práticas sendo que é a personagem de Dani que mais imprime essa sensação.
Não é um filme de jump scares mas mais um thriller/terror psicológico embora se quebre a tensão por vezes com inúmeras situações cómicas como a satirização de alguns sons e cânticos feitos pela comunidade.
À semelhança de Hereditário, é um filme longo que podia ser mais curto mas que do qual, segundo o realizador, existe um director's cut com mais 25 minutos.

Nota: 7/10

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

The Hole in the Ground (2019)

Sinopse: Tentando fugir de um passado traumático, Sarah começa uma nova vida nas proximidades de uma vila rural com o filho, Chris. Na sequência da descoberta de uma misteriosa cratera na floresta próxima da sua nova casa, Sarah procura saber se as perturbadoras mudanças que se manifestam em Chris resultam de algo mais sinistro e ameaçador que os seus próprios medos maternais. Na primeira longa-metragem de Lee Cronin, vencedor do Méliès d’Argent de 2014 com a curta “Ghost Train”, o medo não nasce apenas de uma estranha cratera na floresta mas também de circunstâncias domésticas. Com referências a “The Shining” de Kubrick, o guião inspira-se em folclore e mitologia.Estreia mundial na última edição do Festival de Sundance.

Opinião: Uma produção irlandesa com uma criança maléfica parecem os ingredientes ideias para nos deixar colados ao ecrã em permanente sobressalto e de alguma maneira não falhou.
A acção situa-se numa aldeia rural onde Sarah e o seu filho Chris chegaram para iniciar uma vida nova. Após uma discussão devido aos eventos que os levaram até ali, Chris foge e depois disso parece já não ser o mesmo. A cinematografia é bem conseguida ressalvando o clima típico irlandês o que por si só já confere a atmosfera idílica e mitológica suficientemente assustadoras. As personagens muito bem com destaque para Sarah que consegue transmitir perfeitamente a situação de mãe desesperada em aparente loucura ou não. O que perde nesta longa, é de facto a falta de mais explicação e desenvolvimento de alguns factos, nomeadamente o buraco no chão e uma situação semelhante à dos protagonistas que poderia ser mais bem explicada.
Ainda assim é um interessante thriller.

Nota: 6/10

Tumbbad (2018)

Sinopse: Índia, século XIX: nos arredores de uma aldeia decrépita chamada Tumbbad vive Vinayak, o filho bastardo do chefe da aldeia, obcecado com um tesouro ancestral mítico. Vinayak suspeita que o segredo resida na sua bisavó, uma bruxa amaldiçoada que dorme há séculos. Ao confrontá-la, é colocado de forma imediata frente a frente com o guardião do tesouro, um deus maléfico que há muito não acordava. Um simples desejo de encontrar umas moedas rapidamente escala para uma missão descontrolada que dura várias décadas. "Tumbbad" é um filme de terror de época que nos chega directamente da Índia, a primeira obra de RahI Anil Barve e co-realizada por Adesh Prasad. Estreou na semana da crítica da 75ª edição do festival de Veneza.

Opinião: Com uma sinopse interessante e uma avaliação de IMDB bastante elevada, achei que este filme vindo de terras indianas era merecedor da visualização.
A acção é baseada numa lenda indiana e acompanha Vinayak, um rapaz que vive obcecado com um tesouro escondido que poderia melhorar a sua vida numa índia sob domínio dos ingleses. Em idade adulta regressa a Tumbbad em busca da bisavó e descobrir como chegar a este tesouro. A cinematografia deste filme é espectacular, a história absolutamente bem escrita e ainda nos presenteia com uma reflexão sobre alguns aspectos sociais. De facto, no meio de tantos "cortar/copiar/colar", Tumbbad é uma pérola com todos os elementos necessários a uma história de sucesso.

Nota: 8/10

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

O Terramoto (2018)

Sinopse: Anos após sobreviverem a um violento tsunami nos fiordes, Kristian Eikjord e a sua família vêm-se novamente no centro de outro desastre natural. Desta vez, é o solo debaixo de Oslo que está em causa. Para geólogos como Kristian, o estudo sísmico diário prova que um evento catastrófico pode acontecer a qualquer momento e por isso, enfrenta uma corrida contra o tempo para tentar salvar a sua família desta catástrofe iminente. Baseado no medo de um terramoto idêntico àquele que atingiu Oslo em 1904 e do facto da Noruega ser o país com maior actividade sísmica do norte da Europa, “The Quake” é a sequela do êxito “The Wave” (MOTELX 2016). Foi novamente campeão de bilheteira no país natal, tornando a Noruega no maior concorrente dos EUA ao nível dos disaster movies.

Opinião: Embora as opiniões se dividam entre os dois disaster movies, ambos são diferentes e ganham em diferentes aspectos.
A acção de O Terramoto é passada anos depois do primeiro filme, The Wave, e evoca o que aconteceu e as consequências psicológicas que houve nas personagens, enquanto se avizinha um possível novo desastre. Sendo as mesmas personagens, é fácil nos compadecermos do drama familiar que vivem. Um pouco mais lento e dentro da mesma ideia do primeiro filme, perde nos diálogos e nas decisões das personagens que no primeiro filme pareceram mais naturais no que diz respeito ao instinto de sobrevivência do ser humano. Também se alongam demais nos dramas interiores de cada um.
Uma produção mais elaborada e melhor cinematografia são, por outro lado, bem patentes.
Dois bons filmes a não perder.

Nota: 7/10

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Ma (2019)

Sinopse: Sue Ann é uma mulher solitária e reservada a viver num bairro pacato no Ohio. Um dia, Maggie, uma adolescente recém chegada à cidade, pergunta-lhe se pode comprar álcool para si e para os amigos. Sue Ann vê isto como uma oportunidade de fazer novos amigos, apesar da diferença de idades, e oferece-lhes a cave da sua casa para conviverem, de forma a evitar que bebam e conduzam. Mas devem seguir as regras: um deles tem de ficar sóbrio, não podem dizer asneiras, nunca podem subir as escadas, e devem referir-se a ela como "Ma". Um thriller aterrorizante marcado pela performance ousada e inesperada de Octavia Spencer, vencedora de um Óscar de Melhor Actriz, "Ma" é uma produção da Blumhouse Productions ("Get Out", "Insidious", "The Purge").

Opinião: Filme de abertura do MOTELX2019, muito honestamente não fiquei entusiasmada pela sinopse mas não podia deixar de comparecer.
A acção acompanha um grupo de amigos que se envolve com Sue Ann, uma mulher estranha e solitária, claramente perturbada com o passado. À medida que vão convivendo, Sue Ann começa a revelar outros planos para o grupo de amigos.
Octavia Spencer faz um excelente trabalho mas não chega para tornar este filme algo de espectacular. Bastante cliché e com uma história pouco original, é um filme interessante para entreter mas nada digno de uma abertura de festival.

Nota: 6/10

domingo, 8 de setembro de 2019

Bølgen: Alerta Tsunami (2015)

Sinopse: O experiente geólogo Kristian Eikfjord aceita uma oferta de trabalho e está prestes a mudar-se de Geiranger com a família, quando detecta pequenas mudanças geológicas no subsolo. Kristian fica preocupado e o seu pior pesadelo está prestes a tornar-se realidade, quando o alarme dispara e o desastre torna-se inevitável. Com menos de 10 minutos para reagir, inicia-se uma corrida contra o tempo para salvar o máximo de pessoas, incluindo a sua própria família. O novo filme de Roar Uthuagh (“Fritt Vilt”) é o primeiro disaster movie vindo da Noruega e é baseado no tsunami que em 1934 atingiu a aldeia de Tafjord matando 40 pessoas. Foi o filme mais visto em 2015 na Noruega e candidato à nomeação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Opinião: Dado que teremos o agrado de assistir à sequela desta longa metragem no MOTELX 2019, achei por bem rever o primeiro filme sobre o qual nunca cheguei a escrever algumas linhas.
A acção é interessante com um géologo prestes a mudar de cidade preocupado com algumas alterações geológicas ao mesmo tempo que prepara a família para a mudança. Embora com pouca profundidade a nível de personagens e diálogos previsíveis, a história é interessante, com bons efeitos e mantém-nos bem colados ao ecrã até ao final.
Não é nada de novo mas um bom filme que nos chega do norte da Europa que vale a pena visionar. Vamos ver o que reserva a sequela.

Nota: 6/10

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro (2019)

Sinopse: Vários adolescentes vêem-se obrigados a enfrentar os seus piores medos numa tentativa desesperada de salvar as suas vidas. O que mais lhes poderá acontecer?


Opinião: Mais uma longa de André Øvredal, realizador de O Caçador de Trolls e A Autópsia de Jane Doe, embora reticente com o tema este realizador não tem desiludido embora arriscando pouco.
A acção é situada nos anos 70 e acompanha um grupo de adolescentes que com pouco para fazer decidem entrar numa casa assombrada na noite de Halloween onde fazem algumas descobertas que os coloca em risco de vida. É um filme claramente da moda, com adolescentes, dentro do estilo de Strangers Things, It, Super Dark Times, com o toque de Del Toro. Poucos jump scares, algumas piadas interessantes e uma cinematografia razoável, não é nada de especial mas um filme bom para entreter. A conclusão desta longa poderia ter sido mais bem elaborada.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

The House That Jack Built - A Casa de Jack (2018)

Sinopse: Jack é um ardiloso assassino em série de mulheres que, ao longo de doze anos sangrentos, tem um único objectivo a cumprir: executar o crime perfeito, sem deixar nenhum tipo de pistas…

Opinião: Confesso que não sou conhecedora do trabalho de Lars Von Trier mas o tema deste filme agradou-me particularmente.
A acção está dividida em 5 secções mais um epílogo e acompanha a evolução e ideias pessoais de um assassino em série. Perturbador e em alguns momentos cómico (se conseguirmos olhar além), é uma longa interessantíssima principalmente para quem aprecia o tema e o estudo do perfil psicológico de assassinos em série. Acompanhamos Jack naquilo a que chama a sua arte, a forma como pensa e como olha para as suas vitimas e somos confrontados com a violência nunca de uma forma gratuita. Apesar de um pouco longo, não se torna aborrecido embora não seja um filme que sirva a todos os gostos.
É de frisar a excelente performance de Matt Dillon.


Nota: 6/10

sábado, 20 de julho de 2019

O Culpado (2018)

Sinopse: Asger Holm, operador de central de emergências e ex-polícia, atende uma chamada de uma mulher raptada. Quando o telefonema é subitamente interrompido, começa a busca pela mulher e do seu sequestrador. “O Culpado” foi o filme vencedor do prémio "Audience Awards", no Sundance Film Festival 2018, e foi também seleccionado para as nomeações dos Óscares de Melhor Filme Estrangeiro.


Opinião: Habitualmente o que vem dos suecos a nível de policial, crime e horror costuma ser um ganho e este filme não é excepção. Gustav Möller, realizador sueco, entrega-nos um filme cheio de emoções.
A acção situada num único espaço e cujos eventos nos são descritos através dos telefonemas entre o ex-polícia que se encontra na central de emergências e uma vítima de rapto, consegue com elementos tão básicos prender-nos do principio ao fim.
A tensão e toda a panóplia de emoções como compaixão, tristeza, ansiedade e terror são-nos todos transmitidos através dos magníficos diálogos e expressões corporais do actor principal.
Este é mesmo a não perder.

Nota: 8/10

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Nós (2019)

Sinopse: Um pai e uma mãe levam os filhos para a sua casa de praia, esperando passar uns momentos descontraídos com a família e os amigos. Só que a tranquilidade e a alegria transformam-se em tensão e caos quando chegam algumas visitas que não foram convidadas… Um pesadelo saído da cabeça do galardoado cineasta Jordan Peele.

Opinião: Não fiquei muito fã de Get Out e por isso não fiquei entusiasmada com esta nova longa de Jordan Peele. No entanto e mantendo o mesmo estilo, Nós revelou-se uma surpresa, pelo menos para mim.
A acção acompanha uma família em férias na casa de praia onde lhes surge uma família na entrada da casa. Neste momento somos transportados para um ambiente do género The Strangers com uma premissa, viremos depois a saber, um pouco diferente. A ideia é interessante, a cinematografia, em especial a banda sonora, estão espectaculares. Reviravolta final que ninguém estaria à espera mas da qual tivemos muitas pistas ao longo do filme. Os actores irrepreensiveis com destaque para Lupita Nyong'o.
Embora com algumas coisinhas por explicar, recomendo.

Nota: 7/10

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Mãe! (2017)

Sinopse: A relação de um casal é colocada à prova quando recebem hóspedes que não convidaram e que interrompem as suas tranquilas existências.

Opinião: Como não sou fã de Jennifer Lawrence fui deixando esta longa para trás, embora o facto de haver tantas críticas 8 ou 80 me tivesse despertado a curiosidade. Depois do visionamento, percebi o porquê de se gostar muito ou se gostar pouco.
A acção mostra um casal que vive numa casa longe de tudo e todos, onde a mulher vai remodelando a casa e o marido (bem mais velho) tenta voltar a encontrar inspiração para escrever.
Quando um homem os aborda em casa, trazendo depois consigo a sua mulher, perturbando esta existência tranquila, sentimos uma certa familiariedade com algo que ainda não percebemos muito bem. A partir daqui, tudo parece decorrer como num sonho e percebemos que este filme é uma gigante analogia com a história da bíblia.
Tem de facto cenas violentas o que não faz, por si só, um filme de terror e a história acaba por se tornar um pouco estranha se não olharmos ao metafórico.
Pessoalmente não gostei nem desgostei, nem o consigo encaixar numa categoria (fantasia quiçá). 

O Prodígio (2019)

Sinopse: A mãe de Miles está preocupada com o comportamento perturbador do filho e convence-se de que uma força sobrenatural pode estar a afetá-lo. Será verdade?

Opinião: Como está tão na moda, filmes de possessões e paranormal e coisas que tais, achei que lá vinha mais um. Afinal não se trata exactamente de algo paranormal.
A acção baseia-se em Miles, uma criança que desde muito cedo revelou ter alguns dotes pouco normais para a sua idade, levando os pais a acreditar que seria sobredotado. No entanto, a partir de determinada altura, o comportamento de Miles torna-se algo bizarro e os pais procuram uma maneira de o ajudar, até que uma psicóloga os envia no caminho do que poderá ser uma reincarnação.
A ideia está original para desenjoar das já comuns possessões, a personagem de Miles está muito bem representada por Jackson Robert Scott e o final está mesmo muito bom. 
Merece o visionamento pela lufada de ar fresco que traz.

Tu És o Próximo (2011)

Sinopse: Na sua mansão, a família Davison celebra o aniversário de casamento do pai e da mãe. De súbito, são atacados por um bando de assassinos mascarados que os encurralam em casa. Numa luta implacável pela sobrevivência, uma das vítimas revelar-se-á o mais talentoso dos assassinos. 


Opinião: Do mesmo argumentista de V/H/S, acabei por deixar este filme para trás por vê-lo como mais um The Strangers, Purge e outros que tais. Embora sirva dentro da mesma premissa, este filme tem uma particularidade que me fez lamentar não o ter visionado mais cedo.
A acção começa com um convite de Paul e Aubrey aos seus filhos para um jantar de comemoração do aniversário de casamento. À medida que vão chegando, juntamente com as suas namoradas/esposas nota-se um mau estar entre os irmãos e principalmente durante o jantar surgem as rivalidades antigas. É neste momento de tensão que a família começa a ser atacada por pessoas com máscaras cuja pretensão parece ser elminá-los um por um. 
A reviravolta dá-se precisamente com um dos elementos da casa que parece determinado a sobreviver juntamente com uma revelação final muito interessante. Tenso, algum gore, bons actores e cinematografia. A não perder.

Nota: 7/10

quinta-feira, 18 de abril de 2019

A Maldição da Mulher Que Chora (2019)

Sinopse: La Llorona. Ou a Mulher Que Chora. Trata-se de uma horrenda aparição, que se encontra entre o Céu e o Inferno, aprisionada num destino terrível que ela própria originou. Ainda em vida, num ataque de fúria provocado por ciúmes, La Llorona afoga os próprios filhos num rio revoltoso, lançando-se de seguida atrás deles. Quem ouvir o seu choro, durante a noite, ficará amaldiçoado.
La Llorona persegue crianças, numa tentativa desesperada de substituir as suas. Ignorando o inquietante alerta de uma mãe perturbada que se suspeita maltratar os filhos, uma assistente social e a sua família depressa se veem envolvidos num assustador mundo sobrenatural. A única esperança de escapar à sua cólera mortífera parece estar nas mãos um padre desiludido e do misticismo que pratica para manter o mal à distância. Mas nada a demoverá da sua missão de os arrastar até à penumbra.

Opinião: Embora com James Wan na produção, a desilusão com A Freira Maldita foi tão grande que a expectativa para La Llorona era quase nula. Com a cortesia do Motelx lá fui à ante antestreia.
A acção tem uma história simples mas eficaz, afinal nem sempre histórias muito elaboradas, ou não, querem dizer qualidade. Somos contextualizados da história da Mulher Que Chora e enquadrados no drama familiar de Anna, viúva com dois filhos. História e simpatia pelas personagens aliada a uma excelente cinematografia, faz-nos ficar colados ao ecrã durante 1h30 para ver o que acontece a seguir. Jump scares, uma conclusão final muito boa e uma piada ou duas sem estragar a tensão. Ponto negativo, a meu ver, foi a personagem do curandeiro, muito pouco credível, dá ideia que não fez grande coisa para ajudar esta família.
La Llorona não é nada de espectacular mas é decididamente um filme a não perder.

Nota: 8/10

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Dave Made a Maze (2017)

Sinopse: Dave, um artista que ainda está por alcançar algo de significativo na sua carreira, constrói, por pura frustração, um labirinto no seu quarto, e acaba preso por causa das suas armadilhas fantásticas e por bichos provindos da sua imaginação. Annie, apesar dos avisos de Dave, lidera um grupo de exploradores numa missão de salvamento do seu namorado. Uma vez lá dentro, vêem-se enclausurados num mundo sobrenatural e em mutação constante, ameaçados por armadilhas e por um minotauro sedento de sangue. 
Inspirado pelos ‘quatro G’ – “Ghostbusters”, “Os Goonies”, (Michel) Gondry e (Terry) Gilliam – esta primeira longa de Bill Waterson, totalmente feita através de efeitos especiais artesanais e velhos truques ópticos, é um dos filmes mais inventivos dos últimos anos a nível visual.

Opinião: Embora as minhas habituais reticências com filmes de terror cómicos, achei que o mesmo merecia o visionamento já que teve o seu destaque no MOTELX 2017.
A acção é efectivamente nada mais do que um artista que constrói um labirinto na sala de estar e fica preso dentro do mesmo. Quando namorada e restantes personagens entram no labirinto, acabam por lá ficar presos também.
A única coisa interessante que este filme tem, são de facto os bonecos de papel e a criatividade do espaço do labirinto, pois personagens bem como diálogos e história não tem graça e ao fim de 30/40 minutos já estamos desesperados para que acabe.

Nota: 5/10

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Glass (2019)

Sinopse: "Glass", co-produzido e dirigido por M. Night Shyamalan, é a terceira e última parte da chamada trilogia “Eastrail 177”. A sequência inclui “O Protegido” (Unbreakable, 2000) e “Fragmentado” (Split, 2016). Bruce Willis e Samuel L. Jackson voltam aos seus papéis de “O Protegido”, enquanto James McAvoy e Anya Taylor-Joy regressam às personagens que desempenharam em “Fragmentado”.

Opinião: Muita expectativa já provou anteriormente não ser benéfica no que diz respeito a sequelas mas era impossível não ficar entusiasmada com a terceira parte da trilogia. Não digo última conforme tem sido afirmado pois existem questões que ainda poderão ser exploradas: spin off quem sabe que está tão na moda.
A acção começa por reunir as três personagens principais: David Dunn, o herói, Mr. Glass o vilão e Kevin que creio não o conseguimos exactamente situar. Uma vez reunidos numa instituição, Mr. Glass vai aproveitar-se das suas múltiplas personalidades para organizar uma fuga da mesma. Parece simples mas não é. Ao longo do filme, de passo lento mas conciso, vamos encontrando as referências aos filmes anteriores e principalmente a O Protegido, pois regressamos à temática do herói e do vilão e das habilidades sobre-humanas que possam ter e também outras personagens como a mãe de Elijah, o filho de David e Casey, a jovem que escapou ao rapto de Kevin. Kevin é o elo que os une.
Embora considere um bom filme, Glass ainda deixa muito a desejar. James McAvoy é mais uma vez a estrela sem qualquer apontamento, Bruce Willis mantém a pouca profundidade da sua personagem e Samuel L. Jackson continua a revelar cada vez mais de si proporcionando reviravoltas surpreendentes com mestria.
Ponto negativo, já não aprecio a personagem de Sarah Paulson e acho que não acrescenta muito ao filme, penso que outra actriz poderia ter dado outro impacto e até tornado a longa melhor que o esperado.
Não é espectacular mas é um filme a não perder para quem viu os anteriores.


Nota: 6/10

Fragmentado (2016)

Sinopse: As divisões mentais daqueles que sofrem de transtorno dissociativo de identidade há muito tempo que fascinam e iludem a ciência, e acredita-se que algumas dessas pessoas possam manifestar atributos físicos únicos para cada personalidade, um prisma cognitivo e fisiológico dentro de um único ser. Embora Kevin tenha evidenciado 23 personalidades à sua psiquiatra de confiança, Dra. Fletcher, existe ainda uma oculta, preparada para se materializar e dominar todas as outras. Forçado a raptar três adolescentes, incluindo a obstinada e observadora Casey, Kevin inicia uma guerra pela sobrevivência, juntamente com todos os que estão contidos dentro dele – bem como com todos os que estão à sua volta – quando as paredes entre os seus compartimentos se quebram.


Opinião: Dezasseis anos depois de O Protegido, chega-nos a sequela. Durante todo o filme as dúvidas acumulam-se sobre os aspectos em que esta longa poderá estar relacionada com O Protegido e é só no final que tudo faz sentido.

A acção parece bem desinteressada com um inicio não muito original: três jovens são raptadas e fechadas num quarto por um homem desconhecido. Uma das jovens, Casey, bastante mais perspicaz que as outras devido a um passado sofrido, tenta perceber o que este homem quer delas até que se começam a revelar as suas 23 personalidades e a possibilidade da 24ª. 
Um cenário assustador e tenso e um magnifico papel de James McAvoy. Se há actores merecedores de um Óscar, McAvoy merece sem dúvida nenhuma por esta interpretação soberba das diferentes personalidades.
A relação com O Protegido é mais bem clarificada no final e deixa em aberto o que Shyamalan já teria em mente para o final da trilogia.


Nota: 9/10