terça-feira, 18 de setembro de 2012

Babycall (2011)


Sinopse: Depois de escapar dos maus tratos do ex-marido, Anna muda-se com o filho de 8 anos para uma morada secreta, localizada num gigantesco bloco de apartamentos. Obsessivamente protectora, Anna compra intercomunicadores para bebés para ouvir o filho no seu quarto. No entanto, o aparelho capta conversas de outro apartamento, que a levarão a uma investigação perigosa.

Opinião: Esperava muito deste filme e mais uma vez foi-me provado que não se pode ir com expectativas altas. Tendo como mote “Quão longe irias por aqueles que gostas?” esperava algo mais visceral e intenso. Não foi o que aconteceu.
Não é um mau filme, é preciso esclarecer…só não é um filme de terror. Quanto muito um thriller psicológico e mesmo assim dos fracos a meu ver.
A acção tem um bom desenvolvimento e a ideia é perfeita bem como os cenários que segundo o próprio realizador pretendem criar alguma tensão sem ser num cenário nocturno. A actriz Noomi Rapace faz uma interpretação perfeita e este filme podia ter sido mesmo muito grande, se não fosse vendido como terror e talvez com outra abordagem mais clara da acção.
Misturando paranormal com doença mental, Sletaune utiliza o seu filme para fazer uma crítica social.
Aconselho, porém avisando que se trata de um drama/thriller.

Nota: 5/10

V/H/S (2012)


Sinopse: Um grupo de delinquentes é contratado para recuperar uma cassete de vídeo de uma casa isolada. Ao entrarem no local, deparam-se com um cadáver rodeado de pilhas de cassetes. Enquanto procuram pela razão da sua missão, são presenteados com diversos vídeos horríficos, cada um mais estranho que o anterior.


Opinião: Sendo um fã do género found footage e com tantas excelentes críticas, esperava passar duas horas muito agradáveis. Afinal não foi bem assim.
A acção deste filme é bastante confusa. Começa com um grupo que descobre uma pilha de cassetes e começa a vê-las em busca de uma específica que devem encontrar. Deparamo-nos então com diversas histórias de terror já conhecidas mas não completas, apenas pequenos excertos que proporcionam momentos de susto, gore e alguma estranheza não deixando de ser tensas. No entanto, no final do filme ficamos com a sensação de que nada fez sentido com nada e que acabamos de assistir a um conjunto de vídeos sem sentido. A meu ver não teria sido necessário começar com o grupo que vai à procura da cassete pois acaba por não ter grande relevância para a história que não há.
De qualquer das maneiras aconselho apenas porque temos momentos de gore e fantasmas bem interessantes.

Nota: 5/10

Red State (2011)


Sinopse: Um grupo de adolescentes é apanhado na teia de uma seita de fanáticos religiosos, liderados pelo pastor Abin Cooper, que planeia acções radicais para retirar o pecado do mundo.


Opinião: Uma longa-metragem metendo uma seita religiosa deixou-me com água na boca para um filme cheio de tensão, conspiração, algum gore e situações bem além daquilo que possamos imaginar. Na verdade não chega a tanto.
A certa altura a acção está bem confusa, há coisas que não fazem sentido umas com as outras e vai culminar num final que também não lembra a ninguém. 
As interpretações estão muito boas, com especial destaque para John Goodman, o cenário não é nada de especial e a tensão que se espera num suposto filme de terror acontece apenas num momento do filme em que esperamos ver uma cena de gore mais elaborada, visto tratar-se de uma seita a limpar os pecados de alguém e não é o que acontece.
Este filme carrega uma forte crítica à religião e este tipo de seitas que são cada vez mais comuns e cada vez mais dominadoras.
Aconselho a ver se tiverem curiosidade, de outra forma acho que não vale a pena. Smith deve continuar a dedicar-se às comédias.

Nota: 5/10

sábado, 15 de setembro de 2012

Livide (2011)


Sinopse: No primeiro dia como estagiária em apoio domiciliário, Lucy visita a Sra. Jessel, uma idosa em coma, sozinha no seu remoto casarão. Depois de ouvir falar de um tesouro que a antiga professora de dança teria escondido, Lucy decide procurá-lo com os amigos.


Opinião: A minha principal expectactiva em relação a este filme prendia-se a saber se os realizadores tinham aprendido a lição com À l’intérieur. Atenção adorei o filme mas convenhamos que existem muitas falhas em termos de credibilidade e mesmo do próprio cenário do filme.
O tom e o cenário de Livid é lindíssimo e muito gótico conseguindo criar o ambiente palpitante especialmente quando as personagens exploram a grande mansão. A acção tem um sentido lógico e deixa-nos colados ao ecrã para saber o que de estranho se passa/passou na mansão mas termina de uma forma pouco clara, pateta até, e que não faz jus ao resto do filme.
Das personagens devo destacar Lucie que faz um papel muito bom e a personagem de Jessel que tem o ar realmente aterrorizante apesar da aparente fragilidade.
De uma forma geral, os realizadores conseguiram melhorar a imagética do filme conferindo-lhe mais realismo (por comparação ao trabalho em À l’intérieur), no entanto continua a haver arestas a limar.

Nota: 6/10

Apartment 143 aka EMERGO (2011)

Sinopse: Uma equipa de parapsicólogos investiga uma série de fenómenos inexplicáveis ocorridos num apartamento. Estranhas chamadas telefónicas, emissões extraordinárias de luz e objectos voadores são alguns dos eventos com que se deparam enquanto registam cada passo da investigação através da mais avançada tecnologia.

Opinião: Mais um filme inserido no sub-género “found-footage” iniciado praticamente pela popularidade do filme Actividade Paranormal. Não é um filme excelente mas também não é um mau filme.
Uma acção muito simples com uma equipa de parapsicológos a investigar o que se passa no apartamento de um viúvo e dos seus dois filhos. Muito bons os efeitos e as técnicas da equipa com vista a descobrir o que o espírito pretende da família ou o que pretende comunicar. Para além da componente sobrenatural mostra também uma crise familiar entre um pai e filha adolescente. O final é surpreendente e muito bom.


Nota: 7/10

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

The Pact (2012)


Sinopse: Após a morte da mãe, Annie é persuadida a voltar a casa para lhe prestar uma última homenagem. Durante a noite, algo de inexplicável na atmosfera da habitação deixa-a fora de si. Com a ajuda de um polícia local e de uma médium, Annie procura as causas das misteriosas manifestações.

Opinião: A semelhança de tantos outros filmes do género, The Pact parece rondar mais uma vez a história da casa assombrada por uma entidade. Afinal acaba por revelar ser mais do que isso.
A primeira parte do filme é bem aborrecida, a acção decorre de forma lenta e sem grande interesse mesmo apesar das manifestações da presença dentro da casa. Entretanto começa a tornar-se bem mais interessante quando a médium revela que aquele espírito tem muito mais para revelar do que aquilo que se pensa.
O ambiente não é tão tenso como seria de esperar excepto o único plano do espírito que se encontra na casa. Os actores não estão mal e gostei muito da personagem principal. Todo o percurso desta é absolutamente igual ao que uma pessoa normal faria em certas situações, ou seja, esta personagem não dá espaço ao cliché e à pergunta “Mas porque é que estás a fazer isso?”
Apesar de não ser nada de espectacular, aconselho pois a reviravolta final e muito interessante e creio que dá o mote para uma sequela.

NOTA: 5/10

The Tall Man (2012)

Sinopse: As trevas pairam sobre uma pequena cidade: várias crianças desaparecem sem deixar rasto. As superstições locais dizem que uma entidade misteriosa conhecida como “O Homem Alto” é a responsável. A enfermeira Julia é céptica até o filho desaparecer a meio da noite, levando-a a uma busca desesperada que a envolverá num obscuro labirinto de emoções conspirativas.


Opinião: Um filme de Pascal Laugier, o realizador do meu filme favorito Martyrs, merecia toda a minha atenção. À partida percebi que não teríamos outro Martyrs mas algo menos hardcore mas sempre com a ideia de que a qualidade se manteria e não me enganei.
A acção é perfeita, com uma linha condutora sempre cheia de reviravoltas que nos prende desde o primeiro minuto até ao último para saber o que vem a seguir. A interpretação de Biel é soberba e adoro os planos dela a correr na floresta à noite com todo o nevoeiro, um ambiente perfeito. Mais uma vez, mas sem gore, Laugier aproveita o filme para mandar um pequeno recado à nossa sociedade o que acho extremamente inteligente e que prova que um filme de terror ou um thriller não são apenas um género das massas consumistas de violência: há muito mais.
Aconselho vivamente este filme, a não perder.

Nota: 8/10

Enquanto Dormes (2011)

Sinopse: César é porteiro num prédio. Pode não ser o melhor trabalho do mundo, mas a verdade é que não o trocaria por nenhum outro, já que este lhe permite conhecer a fundo todos os inquilinos do imóvel, seus movimentos, seus hábitos. Controla as suas idas e vindas, estuda-os, descobre seus pontos fracos, os seus segredos. Se quisesse poderia inclusive controlar as suas vidas, intervir nelas como se fosse Deus, sem ninguém suspeitar. 
César tem um jogo secreto: gosta de magoar, mover as peças necessárias para criar dor em seu redor. A nova vizinha do 5ºB sorri, entra e sai todos os dias radiante, cheia de luz, convertendo-se assim na sua próxima vítima. A sua obsessão. O jogo de César vai começar a complicar-se, tornando-se imprevisível. Perigoso. Se não tiver cuidado, pode inclusive voltar-se contra ele.

Opinião: Balagueró mostra mais uma vez que é bom, e quando se é bom não há nada a fazer. Depois do sucesso de REC 1 e 2, eis que surge Mientras Duermes.
Este filme espalha realmente o terror pois mostra o mais perigoso de todos os monstros em acção: o ser humano. Á medida que a acção decorre, vamos a pouco e pouco percebendo o verdadeiro âmago do personagem principal que por sua vez faz um papel espectacular. Ele não suporta felicidade e como não a suporta está determinado a acabar com o sorriso de quem está feliz e escolhe então a nova vizinha do prédio do qual é porteiro para atormentar. Todas as medidas, tudo o que ele faz mostra que nem sempre o verdadeiro psicopata é aquele que mata. O ambiente de terror que este filme cria deve-se precisamente ao facto de nos poder acontecer aquilo a nós: ver a nossa privacidade invadida sem sabermos.
O ambiente e o cenário são excelentes, o actor Luis Tosar nem tenho palavras para descrever e uma acção inteligente: tudo no devido sitio para nos proporcionar um belo filme de terror psicológico.
Aconselho muito!

Nota: 8/10

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

[REC]³ Génesis (2012)


Sinopse: Koldo e Clara foram feitos um para o outro. Vão celebrar o casamento com os seus entes queridos. Mas uma sombra negra abate-se sobre a celebração. No dia mais feliz das suas vidas, as portas do Inferno abrem-se e o caos espalha-se pela terra.


Opinião: Como era de esperar, REC Genesis foi a desilusão para nao dizer desgraça total. Mesmo apesar da certeza do que me esperava, tive que visionar este filme por ser o seguimento dos outros dois. Salvo algumas tentativas falhadas de ligar este REC aos dois primeiros, este filme não tem nada a ver com os mesmos. 
Em momento algum este filme desperta as mesmas reacções dos seus antecessores e se estão à espera que isto vá explicar/clarificar alguma coisa sobre o vírus e outras questões deixadas pendentes nos dois primeiros filmes como prometido, esqueçam! O ambiente não é minimamente assustador, os actores fazem um trabalho razoável e se o nome do filme não fosse este, ninguém o associaria à saga REC.
Sabendo que vem um REC 4 por aí, estou mesmo com muito receio. Balagueró e Plaza fizeram um excelente trabalho com REC 1 e 2 mas Paco Plaza a solo acabou por estragar aquilo que era muito bom.
Se não o visionarem, também não perdem nada. A nota que lhe atribuo é apenas por respeito…


Nota: 6/10

The Butterfly Room (2012)


Sinopse: Ann, uma senhora solitária que vive com uma colecção de borboletas e memórias do passado, cruza-se com Alice, de 11 anos, que se dedica a extorquir dinheiro a idosas. Ann mantém grande secretismo em relação à sua vida privada e ao seu quarto das borboletas.

Opinião: Este era a minha grande expectativa do dia por diversos motivos e foi de facto um grande filme: Barbara Steele prova que a mestria só melhora com a idade e o realizador Jonathan Zarantonello mostra que ainda tem muito para dar sendo que este foi o seu primeiro filme.
Todo o filme tem um ambiente semelhante ao de um filme europeu embora tenha sido completamente produzido nos Estados Unidos. A fotografia, a imagem, a velocidade, ou não, das sequências conferem o ambiente perfeito.
A acção tem uma linha condutora envolvida em secretismo embora seja da opinião que a certa altura se torne um pouco confusa não sendo no entanto um facto para prejudicar os momentos de grandeza desta longa-metragem.
O factor principal a salientar é de facto a personagem de Ann, soberbamente interpretada por Steele, muito bem construída e com o verdadeiro lado negro sempre presente. No MOTELx, o realizador Zarantonello perguntou-me se achei um filme demasiado feminista por mostrar as mulheres no poder e no domínio da situação. Eu não achei e inclusive disse-lhe que nos filmes de terror as mulheres tem sido passadas para segundo plano erradamente pois há muito a explorar no âmbito do terror e do maquiavélico feminino pelo que ficaria a aguardar o próximo filme, prometido para daqui a 4 anos.
Aconselho vivamente.

Nota: 8/10

Urban Explorer (2011)


Sinopse: Ansiosos por explorar o mundo subterrâneo de Berlim, um grupo de exploradores urbanos estrangeiros, acompanhados por um guia local, aventuram-se por túneis e fortificações secretas em busca de um bunker emparedado, pertencente ao regime nazi. Quando um dos exploradores sofre um acidente, o grupo é ajudado por Armin, um aparentemente afável guardião do submundo.


Opinião: Estava a espera de ter alguns déjà vu neste filme e foi o que de facto aconteceu. Influências do australiano The Tunnel (reportagem nos túneis subterrâneos de Sydney), de Hostel (gore e uma ou outra cena) e Wolf Creek (personagem principal).
A acção é bastante credível e bem conduzida e baseada num tema actual uma vez que em várias cidades do mundo existem este tipo de exploradores urbanos. O ambiente nos túneis é bem tenso e os caminhos que as personagens tomam para chegar aos tais graffitis nazis são mesmo muito desconfortáveis.
Os actores fazem um bom trabalho mas devo destacar a personagem de Armin que tanto num momento faz lembrar um psicopata como no momento a seguir parece uma pessoa prestável e a querer ajudar.
Quando li sobre este filme, falaram dele como mais um torture porn o que eu não concordo pois de tortura vemos muito pouco excepto numa cena. Não há nada explícito, apenas sugerido ao espectador o que não acontece por exemplo com Hostel.
Os alemães estiveram aqui muito bem, aproveitando um pouco da sua própria história como rastilho para o ambiente tenso e constrangedor.


Nota: 7/10

Crawl (2011)


Sinopse: O dono de um clube nocturno contrata um misterioso croata para assassinar um seu conhecido devido a uma dívida por saldar. O crime é levado a cabo, mas uma traição falhada acaba por envolver uma inocente empregada do clube. Refém na sua própria casa, a jovem é forçada a adoptar medidas desesperadas para sobreviver.


Opinião: Crawl foi um dos filmes de abertura de uma das salas do primeiro dia de MOTELx. Não fui à espera de uma grande filme de terror, mas sim de um bom thriller e embora não seja assim tão bom como esperava cumpriu a sua função.
A acção não tem nada de especial mas tem uma linha condutora que nos desperta a curiosidade relativamente à personagem do croata assassino. Esperava que em algum momento houvesse alguma revelação relativa a esta personagem mas qualquer uma das personagens não teve grande desenvolvimento excepção feita a Marilyn Burns (cujo nome nos remete para um grande filme de terror) que espera com ansiedade o pedido de casamento do noivo.
Os actores são muito bons e o ambiente de tensão com grandes planos, que a princípio me fizeram pensar que seria um filme muito lento, provaram que não é preciso muito diálogo para criar um ambiente tenso e palpitante. Os fãs de gore têm uma ou outra cena para se deliciarem e os fãs de Hitchcock notarão uma certa influência.
Aconselho o visionamento mesmo sendo um filme “light”.

Nota: 5/10

sábado, 8 de setembro de 2012

O Enigma do Horizonte (1997)

Sinopse: O ano é 2047. Alguns anos atrás, a pioneira nave de pesquisa Event Horizon desapareceu sem deixar vestígio. Agora, um sinal foi detectado e o Comando Aeroespacial dos Estados Unidos responde. Em busca da origem do sinal está um destemido capitão (Laurence Fishburne), sua tropa de elite e o designer que projectou a nave perdida (Sam
Neill). Sua missão: encontrar e resgatar a espaçonave de última geração. Mas o que eles encontram é terror de última geração; o que eles têm que resgatar são suas próprias vidas, pois alguém, ou alguma coisa está prestes a envolvê-los em uma nova dimensão de pavor inimaginável.  

Opinião: Já vi este filme há algum tempo, no entanto a pedido, publico a minha opinião sobre ele. Não é um filme muito elaborado em termos de personagens e também de acção, mas no entanto isso não deixa a desejar.
Tem o ambiente certo e o fio condutor da história prende-nos ao ecrã do princípio ao fim, consegue transmitir-nos perfeitamente a sensação de suspense e de que existe alguma coisa à espreita. Os actores fazem um bom trabalho e é de salientar a forma progressiva como as personagens se começam a entregar às alucinações pois o resultado final é muito natural.
Os efeitos especiais, algum gore dão o toque final e quando se falar de Pandorum, é favor não compará-lo a Event Horizon pois este último é de longe muito melhor embora com menores recursos e elaboração.


Nota: 8/10