terça-feira, 19 de setembro de 2017

Os Crimes de Limehouse (2016)

Sinopse: Londres, 1880. No perigoso Limehouse District, uma série de homicídios consternaram a comunidade. Tão monstruosos e cruéis foram estes crimes que a imprensa reclama serem obra do Golem – uma lendária criatura de tempos obscuros... Sem pistas concretas, a polícia entrega o caso ao inexperiente Inspector Kildare, um bode expiatório para quando surgirem as próximas vítimas. Produção britânica com realização do espanhol Juan Carlos Medina, também por detrás da co-produção luso-espanhola “Painless” (MOTELX 2013), que recria magistralmente a Londres vitoriana de Jack the Ripper numa revisão contemporânea do clássico mistério gótico oitocentista. Com argumento de Jane Goldman (“The Woman in Black”) e interpretação de Bill Nighy.


Opinião: Com base na obra de Peter Ackroyd, estava ansiosa pela estreia desta longa a remontar à Londres vitoriana.
Lizzie Cree é acusada da morte por envenenamento do marido ao mesmo tempo que decorre uma investigação para apanhar um assassino em série que aparentemente tem ligações ao defunto marido. O inspector Kildare inicia um tipo de investigação invulgar para apanhar o assassino e libertar Lizzie da possível condenação à forca.
Acção passada na bela Londres vitoriana, todo o ambiente respira neblina, escuridão e influências góticas, cheia de surpresas e algum gore. As personagens são muito boas com destaque para Lizzie, papel desempenhado por Olivia Cooke, que torna a linha entre a verdade e a mentira muito ténue.
Aconselho vivamente, especialmente para quem aprecia um bom mistério.


Nota: 8/10

sábado, 16 de setembro de 2017

It (2017)

Sinopse: Quando crianças começam a desaparecer na cidade de Derry, no Maine, um grupo de jovens rapazes enfrenta os seus maiores medos ao confrontar um palhaço maléfico chamado Pennywise, cujo passado violento e assassino remonta a vários séculos atrás. Depois da icónica mini-série realizada em 1990, com Tim Curry a desempenhar o papel da criatura maléfica que toma a forma dos nossos piores pesadelos, surge agora uma adaptação ainda mais negra do livro de Stephen King. O filme promete um regresso ao terror puro, depois do sucesso de fenómenos revivalistas como “Stranger Things”, desta vez pela mão de Andy Muschietti que em 2013 realizou “Mama”. 

Opinião: Com tanto alarido à volta deste remake era impossível não o visionar o quanto antes para matar a curiosidade.
Em termos de acção,  não existem grandes diferenças em comparação com o predecessor excepto em alguns detalhes. É na caracterização,  actores e cinematografia que podemos encontrar grandes mudanças para melhor. As crianças fazem papéis excelentes, com profundidade e cada um com o seu próprio problema pessoal. De salientar a personagem de Richie cujo guião é absolutamente delicioso.
Pennywise, por quem todos esperávamos, tem uma caracterização bem mais tenebrosa e uma presença mais assustadora que a personagem de Tim Curry. 
Com muito pouco gore e apenas alguns sustos, é a cinematografia deste remake que cria o ambiente tenso necessário, mas conservando um pouco de comédia que fará as delícias do espectador.
Aconselho e ficamos à espera do segundo capítulo.


Nota: 7/10

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Bodom (2016)

Sinopse: Em 1960, o pior pesadelo de qualquer campista tornou-se realidade quando quatro adolescentes foram esfaqueados enquanto dormiam nas suas tendas. Com o tempo, o crime tornou-se lenda urbana, uma simples história mórbida contada à volta da fogueira. Agora, um grupo de adolescentes instala-se no mesmo acampamento na esperança de resolver o mistério, reconstruindo o crime detalhadamente. Quando a noite cai, descobrimos que nem todos estão ali para desvendar o mistério e que alguém tem planos bem mais negros. 
Lake Bodom é um slasher movie à moda da Finlândia, o que por si já é raro, mas é sobretudo um slasher meta, bem ciente das nossas expectativas, onde imperam a desconstrução e os twists imprevisíveis para dar nova vida ao subgénero.

Opinião: Há algum tempo que não via um slasher movie e ainda por cima baseado em factos reais. Após ler a sinopse percebi ser um filme a não perder.
A acção relembra em muitos momentos, várias influências de diversos filmes de terror: BlairWitch, Haute Tension, Sexta Feira 13, Sei o que fizeste no Verão Passado. Tudo começa com quatro adolescentes que pretendem testar teorias sobre o crime não resolvido de há quase 60 anos, e acaba por passar por alguns deles terem outra ideia em mente em segredo e por haver outro mal escondido. Com reviravoltas suficientes para nos manter interessados, personagens bem construídos e paisagens sombrias características do país, este slasher finlandês é um must see.

Nota: 7/10

Busanhaeng (2016)

Sinopse: Um vírus não identificado dissemina-se pelo país, obrigando o governo coreano a declarar a Lei Marcial. No comboio expresso KTX que liga Seul a Busan, o vírus espalha-se à medida que os infectados atacam outras pessoas. Os passageiros, incluindo Seok-woo e a filha Su-an, terão de lutar pela sobrevivência durante a viagem entre as duas maiores cidades do país. A primeira longa-metragem de imagem real de Yeon Sang-ho depois de três filmes de animação, incluindo “The King of Pigs” (MOTELX 2012), “Train to Busan” estreou em Cannes (à meia-noite, Fora de Competição) e foi n.º 1 nas bilheteiras sul-coreanas em 2016, vendendo mais de 11 milhões de bilhetes. Yeon imbuiu o filme de «emoções e atitudes coreanas», mas tal não impede que os zombies sejam rápidos e sedentos de sangue.

Opinião: Não sendo grande fã de filmes coreanos e por o tema dos zombies estar tão desgastado,  tive as minhas reticências quanto a este filme. Após ler algumas críticas positivas decidi tirar as dúvidas.
A acção é de facto original, passando-se num espaço diferente do habitual. Pessoas tranquilas numa viagem de comboio quando o "vírus" se começa a espalhar dentro do mesmo. Aqui com bastante mestria são-nos apresentadas as personagens, heróis e anti heróis, frágeis e fortes mas sem grande profundidade. A longa não se centra na cura ou na origem do vírus, na verdade os zombies aqui são apenas uma ameaça da qual é preciso fugir, e assistimos às diferentes reacções do ser humano a esta ameaça. 
Os actores são muitos bons, a cinematografia também e só o final pode desiludir alguns.
Recomendo mesmo.

Nota: 8/10

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

A Dark Song (2016)

Sinopse: Sophia está inconsolável desde a morte prematura do seu jovem filho. Numa tentativa desesperada, procura Solomon, um ocultista com experiência numa invocação remota que Sophia acredita que a possa pôr em contacto com a filha. Fechados numa casa de campo, o par submete-se a um longo e penoso ritual, pondo em risco a sua segurança física e psíquica, na procura do acesso a um mundo para além da compreensão de ambos. No escuro, descobrem que já não estão sozinhos na casa. Estão agora num mundo de anjos reais e demónios reais. 

Os rituais de feitiçaria raramente têm um tratamento tão completo como o que deu o realizador irlandês Liam Gavin na sua primeira longa. Com apenas um cenário e dois actores, “A Dark Song” cria terror de forma simples e eficaz através da interacção entre elementos sobrenaturais e humanos.

Opinião: Esta sinopse interessou-me desde logo pela originalidade da ideia da execução de um ritual com vista a entrar no mundo dos mortos sem ser a habitual história de possessão. No entanto, o resultado final não foi muito impressionante.
A primeira hora da acção suscita muitas dúvidas relativamente as verdadeiras intenções das personagens no que diz respeito ao objectivo final do ritual. Ficamos sempre na dúvida com Sophia pois dá a entender haver mais qualquer coisa, e com Solomon, um ocultista que devido à sua maneira de ser despoleta dúvidas quanto à veracidade das suas capacidades do ocultismo. À medida que caminhamos para o final, o medo e a entrada num mundo sobrenatural leva-nos até a um final pouco interessante. 
O espaço de acção e as duas personagens fechadas por tantos meses cria a tensão perfeita e é de salientar a atenção dada aos pormenores do ritual.
Um filme interessante.


Nota: 6/10

domingo, 10 de setembro de 2017

Berlin Syndrome (2017)

Sinopse: De férias em Berlim, a fotógrafa australiana Clare conhece Andi, um carismático berlinense. Uma atracção imediata ocorre entre os dois. Segue-se uma noite de paixão. Mas o que parece ser inicialmente o começo de um romance assume contornos inesperados e sinistros quando Clare acorda na manhã seguinte para descobrir que Andi saiu para trabalhar e a trancou no apartamento. É claro que se pode tratar de um erro normal, mas Andi não tem intenções de a deixar sair. Nunca mais. A realizadora australiana Cate Shortland adapta o livro homónimo de Melanie Joosten, editado em 2011, que mergulha nas complexidades da relação entre raptor e refém.

A conterrânea de Shortland, a actriz Teresa Palmer, tem aqui um papel à altura das suas capacidades, algo que ainda não teve desde que se mudou para Hollywood.

Opinião: Mais um thriller que parecia prometer um bom bocado e que de facto faz aquilo a que se propõe. A clara analogia do título com o síndrome de Estocolmo despertou sem dúvida o interesse.
A acção tem um evoluir bastante lento mas envolvente principalmente no que diz respeito à relação que a pouco e pouco se constrói entre Clare e o seu raptor. Assistimos à subversão de Clare dado que não consegue escapar do seu cativeiro decidindo conformar-se e ao mesmo tempo á forma como Andi leva a sua vida normalmente sem ninguém desconfiar.
Toda a tensão e simpatia que acabamos por criar por ambas as personagens deve-se à representação espectacular destes dois actores, com destaque para a actriz que nos faz quase sentir como ela chegando a nutrir simpatia pelo raptor.
Recomendo.

Nota: 7/10

sábado, 9 de setembro de 2017

Hounds of Love (2016)

Sinopse: Em plenos anos 1980, a jovem adolescente Vicki Maloney é raptada por um casal, John e Evelyn White. Vicki é acorrentada e está prestes a enfrentar um mundo negro de violência e dominação. À medida que o tempo passa, e com o risco de morte iminente, torna-se claro para Vicki que a única forma de escapar é virar os dois serial killers um contra o outro. Baseado em crimes reais, “Hounds of Love” é um thriller muito negro, intenso e cruel, que explora os conceitos da libertação do controlo psicológico e da violência doméstica. É a primeira longa-metragem de Ben Young, realizador que até então se tinha dedicado à televisão. O filme teve direito a estreia no Festival de Veneza.
Opinião: De facto a sinopse diz tudo, este filme é qualquer coisa de brutal dada a realidade nua e crua que nele foi impressa.
A acção é passada nos anos 80 e a cinematografia está excelente na captura dos detalhes característicos desta década, bem como a banda sonora inicial do filme que também contribui para este ambiente assustador.
Os destaques para personagens vão para o casal cujas psicoses são perfeitamente retratadas. A lentidão com que este filme vai evoluindo consegue envolver o espectador a pouco e pouco na vida do casal e ganha na sugestão da violência a que a jovem raptada vai ser submetida: nada é explícito a não ser os métodos que irão ser utilizados na jovem.
Um filme muito real e intenso.

Nota: 7/10

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

The Bad Batch - Terra Sem Lei (2016)

Sinopse: A jovem Arlen é abandonada numa zona árida do Texas separada da civilização por uma barreira. Enquanto se tenta orientar por entre a paisagem implacável, é capturada por um grupo de canibais selvagens liderados pelo misterioso Miami Man. Com a vida em risco, ela decide fugir ao encontro de um homem a quem chamam O Sonho. Enquanto se adapta à vida no seio da Má Fornada, Arlen descobre que ser-se bom ou mau depende essencialmente de quem se encontra ao nosso lado. Depois de ter chamado a atenção com o western spaghetti vampírico “A Girl Walks Home Alone at Night”, a realizadora Ana Lily Amirpur oferece-nos agora esta ‘odisseia pop pós-apocalíptica’ que conta com nomes de peso no elenco como Keanu Reeves, Jim Carrey, Jason Momoa ou Diego Luna.


Opinião: Este filme é um bom exemplo de que é preciso mais qualquer coisa do que ter 3 nomes sonantes no elenco.
A acção até começa por ser interessante, apesar de estranha, mas depois entra numa espiral de falta de diálogo, falta de história e falta de interesse nas personagens.
As personagens,  em especial a protagonista, são muito fracas e com diálogos por vezes sem sentido. As prestações de Keanu Reeves, Jim Carrey e Jason Momoa são quase ridículas e nulas.
É um filme bastante aborrecido onde não há diálogo em grande parte dele e cujo espaço de acção é maioritariamente um deserto.

Nota: 5/10

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

The Void (2016)

Sinopse: Quando um misterioso e violento culto ameaça assaltar um hospital isolado, um agente da polícia, juntamente com o pessoal do hospital, preparam-se para fortificar o edifício e impedir a entrada dos estranhos. Mas, enquanto aguardam aquele que será provavelmente o combate das suas vidas, irão descobrir que o verdadeiro terror já se encontra dentro do hospital. Combinando a atitude estética do terror moderno dos anos 1970 com os efeitos especiais artesanais que dominaram os filmes de monstros dos anos 1980 e início dos 1990, os realizadores canadianos Steve Konstanski e Jeremy Gillespie, que começaram no colectivo Astron-6 (“Father’s Day”), apresentam-nos este conto aterrador pejado de tensão e claustrofobia intensas reminiscentes de “The Thing”, de John Carpenter.

Opinião: Após ler algumas sinopses, todas evidenciavam semelhanças com "The Thing" de Carpenter e inclusive mencionavam este filme como uma masterpiece. Com a expectativa ligeiramente elevada percebi depressa que embora existam semelhanças a nível de efeitos, a qualidade não é de todo comparável.
A acção é um pouco confusa tendo como ponto de partida um agente da polícia que encontra um homem ferido na estrada e o leva para o hospital. Neste hospital, coisas estranhas estão a ocorrer, não necessariamente relacionadas com a acção inicial. As personagens não despertam interesse ou simpatia e o guião é bastante medíocre. Um ponto positivo para quem aprecia ou cresceu com filmes de terror dos anos 80, vai apreciar os efeitos especiais bem como a atmosfera e o cenário criados.
Penso que o filme perde na tentativa de misturar várias influências pois de facto consegue, e bem, remeter-nos para uma série de clássicos do horror mas no fim traduz-se em nada.
Não aconselho de todo.


Nota: 5/10

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Super Dark Times (2017)

Sinopse: Início dos anos 1990, num subúrbio estado-unidense. Zach e Josh, estudantes de liceu, são os melhores amigos há muito tempo. Os dois partilham vários interesses, incluindo a atracção pela colega Allison. No decorrer do que parecia ser um dia normal com os amigos, um trágico e sangrento acidente irá criar uma clivagem entre os anteriormente inseparáveis adolescentes. A primeira longa-metragem de Kevin Phillips, que se segue à curta “Too Cool for School” de 2015 (Semana da Crítica de Cannes), tem sido comparada a “Stand by Me” e “Donnie Darko”, obras que marcaram gerações. Esta história de amadurecimento, «alternadamente sensível e gore», de acordo com a Variety, foi anteriormente seleccionada para os festivais de Roterdão, Tribeca e Fantasia.


Opinião: Sendo o filme de abertura do Motelx 2017 não poderia perder a exibição do mesmo, no entanto ao visionar o trailer não fiquei muito impressionada pois pareceu-me tratar-se mais de um drama do que de um filme de terror e, de facto, não ficou longe disso.
Esta acção transporta-nos para aquele inicio dos anos 90 em que não existiam tablets, internet ou telemóveis e onde única diversão seriam os videojogos, para quem os tinha, e encontrar-se com os amigos inventando coisas para fazer. É assim que esta longa nos apresenta as suas personagens, centrando a acção em dois melhores amigos que numa tarde normal juntamente com outros dois, acontece um acidente que os obriga a encobrir uns aos outros.
As personagens são muito bem construídas e o guião é excelente, embora estes actores sejam ainda muito jovens, executam com perfeição e naturalidade os papeis. O ponto fraco deste filme será a lentidão no desenvolver dos acontecimentos a determinada altura e a rapidez sangrenta, se calhar exagerada, do final.
Ficou ainda por perceber, a cena inicial em que a polícia encontra um veado morto dentro de uma sala de aula numa escola, que não parece relacionado com o resto da acção.
É um bom filme, no entanto mais drama/thriller do que terror.

Nota: 7/10

El bar (2017)

Sinopse: Nove horas da manhã: algumas pessoas tomam o pequeno-almoço num café no centro de Madrid. Uma delas, um homem, está com pressa. Ao sair para a rua, um tiro atinge-o inesperadamente. Ninguém se atreve a ajudá-lo. Presos dentro do café, todos se apercebem rapidamente de que nem deles próprios estão a salvo... É o regresso do mestre Álex de la Iglesia à comédia de género e a um tema já antes explorado em filmes como “Common Wealth”, “800 Bullets” ou “Witching and Bitching”, ou seja, personagens enclausuradas num único espaço físico. Para explorar este tema, Iglesia conta com o seu parceiro desde “Mutant Action”, Jorge Guerricaechevarría. O filme foi estreado mundialmente na última edição do Festival de Berlim.


Opinião: Numa altura em que o cinema de terror espanhol está fortíssimo, não podia perder esta comédia negra de Iglesia.
Conforme a sinopse, a acção é muito simples e passada em grande parte do filme num café. Iglesia explora a natureza humana, o instinto de sobrevivência e o medo de forma divertida. Ainda que não muito aprofundadas, no decorrer do filme temos os elementos essenciais para perceber cada uma das personagens e qual será possivelmente o seu papel no desenrolar da história. Após perceberem o motivo pelo qual o homem que saiu do café foi atingido por uma bala certeira, inicia uma nova luta pela sobrevivência com outros contornos. Um guião muito bom, um ambiente quase a lembrar uma telenovela espanhola e um especial destaque para a personagem de Israel, fazem desta longa uma boa aposta.


NOTA: 7 /10
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt5121816/

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Killing Ground (2016)

Sinopse: Ian e Samantha viajam até a um parque nacional na esperança de que a natureza lhes proporcione um espaço para desfrutarem de alguma tranquilidade juntos. Chegam a um acampamento isolado onde encontram um jipe e uma tenda abandonados. À medida que escurece e os ‘vizinhos’ não aparecem, Ian e Sam começam a sentir um certo desconforto. A descoberta de uma criança aflita à deriva pelos bosques desencadeia uma corrente de acontecimentos sinistros que vão testar o jovem casal até ao ponto de ruptura.
 A Austrália tem uma longa tradição de survival thrillers que tiram partido das suas vastas paisagens. Este “Killing Ground” insere-se nessa categoria, mas cultiva estruturas narrativas novas que continuam a colocar a ilha-continente no pelotão da frente deste género de filmes.

Opinião: Killing Ground insere-se bem no estilo de "Wolf Creek", não tendo no entanto a mesma intensidade.
A acção constrói-se mostrando o passado e o presente o que ajuda o espectador a se envolver na história e sem nunca mostrar claramente os momentos de terror permitindo ao nosso imaginário trabalhar nesse sentido. Criamos simpatia pelas personagens e numa área em que normalmente todas têm um laivo de heroísmo, deparamo-nos com o contrário o que muito provavelmente estará mais próximo da realidade.
Este filme prova que não é preciso grandes cenas de gore para ser um bom filme, basta um bom guião, um bom espaço de acção e o trabalhar da nossa própria imaginação. Aconselho.


NOTA: 7/10
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt4728386/