terça-feira, 30 de agosto de 2011

I Saw the Devil (2010)


Sinopse: Numa noite de neve, a sua mais recente vítima é a atraente Ju-Yeon, filha de um chefe da polícia reformado e noiva de Soo-hyun, um agente especial de elite. Sedento de vingança, Soo-hyun decide perseguir o assassino mesmo que ao fazê-lo se torne também ele um monstro. E quando finalmente o consegue apanhar, entregá-lo às autoridades é a última coisa que lhe passa pela cabeça. A linha entre o bem e o mal desvanece-se neste diabólico e maquiavélico jogo do gato e do rato.


Opinião: Este é um filme diferente daquilo a que estamos habituados. Não é fabricado em Hollywood e como tal é bem mais puro em termos de violência e sem as habituais cenas cliché. Confesso que comecei por achar o filme cómico e foi logo no início quando encontram uma parte do corpo de Ju-Yeon a boiar num rio. A cena seguinte de jornalistas e polícia chega a tornar-se surreal. O filme começa com a cena que leva ao rapto e posterior morte de Ju-Yeon e até ao final da primeira hora vemos o seu noivo, Soo-hyun em busca do assassino e o primeiro encontro com este. É a partir daqui que Soo-hyun começa a execução da sua vingança chegando ao ponto de a certa altura tentarmos fazer a distinção entre o bem e o mal (que é o que normalmente fazemos) e não conseguirmos pois essa linha já não existe. A última meia hora é muito intensa pois os ânimos exaltam-se mais ainda com as coisas a perderem o controlo e sem sabermos como será o desfecho.
Gostei muito dos actores, as expressões faciais do serial killer Kyung-chul são qualquer coisa de naturalmente assustadoras e de uma loucura eminente. Tem bastante gore e a história está muito boa.
Em termos de pontos contra tenho a apontar a extensão do filme e as sessões de pancadaria. Pareceu-me muito surreal uma pessoa levar tamanhas cargas de porrada e continua a andar pelo próprio pé, ou então é erro meu e de facto os coreanos são um povo resistente.
É um filme a ver por ser diferente e por não ter provavelmente os recursos hollywoodescos à mão e sair algo tão puro e bom, no entanto, só o consideraria excelente e extraordinário, como classifica a maior das críticas que li, no panorama cinematográfico coreano, de uma forma geral não o faria.

Nota: 6/10

domingo, 21 de agosto de 2011

The Violent Kind (2010)

Sinopse: Uma noite, numa fazenda isolada no norte da Califórnia, um pequeno grupo de jovens motociclistas e as suas namoradas são atormentados quando uma delas é selvaticamente possuída e um gangue de "Rockabillies" aparentemente de 1950, desce sobre eles para recolher o que está a crescer dentro dela.

Opinião: Por ser um dos filmes apresentados para o programa do MOTELx 2011, decidi visioná-lo embora à partida não estivesse à espera de grande coisa.
Pois este filme não serve para todos os gostos. Começa com uma cena de sexo (sem nudez) seguida de uma sessão de pancadaria grátis que começou de imediato por me desiludir. Nos primeiros vinte minutos de filme ficamos a conhecer o background da história e este gang de motards que se prepara para ir até uma quinta isolada para os anos da mãe de um deles onde já se fizeram grandes festarolas. Esta festarola recheada de bebida, strippers e alusões de foro sexual acaba com o grupo inicial (quando todos já foram embora) a encontrar uma das jovens que já havia abandonado a festa toda ensanguentada. Ao tentarem ajudá-la percebem que foi possuída por qualquer coisa. Até aqui tudo mais ou menos, o mais estranho vem depois. Uns motards estilo James Dean com duas pin ups chegam até à casa e perguntam pela jovem possuída. Depois de uma conversa que chega a roçar o ridículo, pouco esclarecedora e que a certa altura já é mais ficção científica que outra coisa (género que não aprecio).
Os actores são bons, tem gore muito bem feito, banda sonora que é tudo menos de filme de terror e peca na conclusão e consequente explicação do que na realidade se passa ali (podiam ter perdido mais tempo aqui)... Quem gosta de ficção científica e de filmes algo cómicos pode apostar neste porque faz essa mistura, juntamente com o terror. De resto não acrescenta nada de novo ao género, de The Butcher Brothers esperava bem melhor.

Nota: 4