quinta-feira, 18 de abril de 2019

A Maldição da Mulher Que Chora (2019)

Sinopse: La Llorona. Ou a Mulher Que Chora. Trata-se de uma horrenda aparição, que se encontra entre o Céu e o Inferno, aprisionada num destino terrível que ela própria originou. Ainda em vida, num ataque de fúria provocado por ciúmes, La Llorona afoga os próprios filhos num rio revoltoso, lançando-se de seguida atrás deles. Quem ouvir o seu choro, durante a noite, ficará amaldiçoado.
La Llorona persegue crianças, numa tentativa desesperada de substituir as suas. Ignorando o inquietante alerta de uma mãe perturbada que se suspeita maltratar os filhos, uma assistente social e a sua família depressa se veem envolvidos num assustador mundo sobrenatural. A única esperança de escapar à sua cólera mortífera parece estar nas mãos um padre desiludido e do misticismo que pratica para manter o mal à distância. Mas nada a demoverá da sua missão de os arrastar até à penumbra.

Opinião: Embora com James Wan na produção, a desilusão com A Freira Maldita foi tão grande que a expectativa para La Llorona era quase nula. Com a cortesia do Motelx lá fui à ante antestreia.
A acção tem uma história simples mas eficaz, afinal nem sempre histórias muito elaboradas, ou não, querem dizer qualidade. Somos contextualizados da história da Mulher Que Chora e enquadrados no drama familiar de Anna, viúva com dois filhos. História e simpatia pelas personagens aliada a uma excelente cinematografia, faz-nos ficar colados ao ecrã durante 1h30 para ver o que acontece a seguir. Jump scares, uma conclusão final muito boa e uma piada ou duas sem estragar a tensão. Ponto negativo, a meu ver, foi a personagem do curandeiro, muito pouco credível, dá ideia que não fez grande coisa para ajudar esta família.
La Llorona não é nada de espectacular mas é decididamente um filme a não perder.

Nota: 8/10

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Dave Made a Maze (2017)

Sinopse: Dave, um artista que ainda está por alcançar algo de significativo na sua carreira, constrói, por pura frustração, um labirinto no seu quarto, e acaba preso por causa das suas armadilhas fantásticas e por bichos provindos da sua imaginação. Annie, apesar dos avisos de Dave, lidera um grupo de exploradores numa missão de salvamento do seu namorado. Uma vez lá dentro, vêem-se enclausurados num mundo sobrenatural e em mutação constante, ameaçados por armadilhas e por um minotauro sedento de sangue. 
Inspirado pelos ‘quatro G’ – “Ghostbusters”, “Os Goonies”, (Michel) Gondry e (Terry) Gilliam – esta primeira longa de Bill Waterson, totalmente feita através de efeitos especiais artesanais e velhos truques ópticos, é um dos filmes mais inventivos dos últimos anos a nível visual.

Opinião: Embora as minhas habituais reticências com filmes de terror cómicos, achei que o mesmo merecia o visionamento já que teve o seu destaque no MOTELX 2017.
A acção é efectivamente nada mais do que um artista que constrói um labirinto na sala de estar e fica preso dentro do mesmo. Quando namorada e restantes personagens entram no labirinto, acabam por lá ficar presos também.
A única coisa interessante que este filme tem, são de facto os bonecos de papel e a criatividade do espaço do labirinto, pois personagens bem como diálogos e história não tem graça e ao fim de 30/40 minutos já estamos desesperados para que acabe.

Nota: 5/10

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Glass (2019)

Sinopse: "Glass", co-produzido e dirigido por M. Night Shyamalan, é a terceira e última parte da chamada trilogia “Eastrail 177”. A sequência inclui “O Protegido” (Unbreakable, 2000) e “Fragmentado” (Split, 2016). Bruce Willis e Samuel L. Jackson voltam aos seus papéis de “O Protegido”, enquanto James McAvoy e Anya Taylor-Joy regressam às personagens que desempenharam em “Fragmentado”.

Opinião: Muita expectativa já provou anteriormente não ser benéfica no que diz respeito a sequelas mas era impossível não ficar entusiasmada com a terceira parte da trilogia. Não digo última conforme tem sido afirmado pois existem questões que ainda poderão ser exploradas: spin off quem sabe que está tão na moda.
A acção começa por reunir as três personagens principais: David Dunn, o herói, Mr. Glass o vilão e Kevin que creio não o conseguimos exactamente situar. Uma vez reunidos numa instituição, Mr. Glass vai aproveitar-se das suas múltiplas personalidades para organizar uma fuga da mesma. Parece simples mas não é. Ao longo do filme, de passo lento mas conciso, vamos encontrando as referências aos filmes anteriores e principalmente a O Protegido, pois regressamos à temática do herói e do vilão e das habilidades sobre-humanas que possam ter e também outras personagens como a mãe de Elijah, o filho de David e Casey, a jovem que escapou ao rapto de Kevin. Kevin é o elo que os une.
Embora considere um bom filme, Glass ainda deixa muito a desejar. James McAvoy é mais uma vez a estrela sem qualquer apontamento, Bruce Willis mantém a pouca profundidade da sua personagem e Samuel L. Jackson continua a revelar cada vez mais de si proporcionando reviravoltas surpreendentes com mestria.
Ponto negativo, já não aprecio a personagem de Sarah Paulson e acho que não acrescenta muito ao filme, penso que outra actriz poderia ter dado outro impacto e até tornado a longa melhor que o esperado.
Não é espectacular mas é um filme a não perder para quem viu os anteriores.


Nota: 6/10

Fragmentado (2016)

Sinopse: As divisões mentais daqueles que sofrem de transtorno dissociativo de identidade há muito tempo que fascinam e iludem a ciência, e acredita-se que algumas dessas pessoas possam manifestar atributos físicos únicos para cada personalidade, um prisma cognitivo e fisiológico dentro de um único ser. Embora Kevin tenha evidenciado 23 personalidades à sua psiquiatra de confiança, Dra. Fletcher, existe ainda uma oculta, preparada para se materializar e dominar todas as outras. Forçado a raptar três adolescentes, incluindo a obstinada e observadora Casey, Kevin inicia uma guerra pela sobrevivência, juntamente com todos os que estão contidos dentro dele – bem como com todos os que estão à sua volta – quando as paredes entre os seus compartimentos se quebram.


Opinião: Dezasseis anos depois de O Protegido, chega-nos a sequela. Durante todo o filme as dúvidas acumulam-se sobre os aspectos em que esta longa poderá estar relacionada com O Protegido e é só no final que tudo faz sentido.

A acção parece bem desinteressada com um inicio não muito original: três jovens são raptadas e fechadas num quarto por um homem desconhecido. Uma das jovens, Casey, bastante mais perspicaz que as outras devido a um passado sofrido, tenta perceber o que este homem quer delas até que se começam a revelar as suas 23 personalidades e a possibilidade da 24ª. 
Um cenário assustador e tenso e um magnifico papel de James McAvoy. Se há actores merecedores de um Óscar, McAvoy merece sem dúvida nenhuma por esta interpretação soberba das diferentes personalidades.
A relação com O Protegido é mais bem clarificada no final e deixa em aberto o que Shyamalan já teria em mente para o final da trilogia.


Nota: 9/10

O Protegido (2000)

Sinopse: David Dunn regressa a casa depois de uma entrevista de trabalho quando de repente o comboio onde viaja descarrila. David é dado como o único sobrevivente do violento acidente, sem sofrer um único arranhão. Logo depois, é contactado por Elijah Price, o misterioso proprietário de uma loja de livros de BD, que lhe dá um bizarra explicação para o sucedido e que ameaça mudar a sua vida e da sua família para sempre: a de que David será um super-herói...

Opinião: Este filme acabou por ser mal recebido por todos pois esperavam mais um O Sexto Sentido depois do seu sucesso estrondoso. M. Night Shyamalan prova cada vez mais, com uns filmes melhores e outros piores, que tem uma mente espectacular cheia de boas ideias.
A acção foca-se em David Dunn, um homem triste e com uma vida de pouco sentido que, miraculosamente, é o único sobrevivente de um acidente de comboio. Elijah proprietário de uma loja de livros de banda desenhada, tenta convencê-lo de que é um super herói e que o acidente de comboio é prova disso. O relacionamento entre os dois permite a David uma evolução dos seus sentidos que nos transporta numa viagem de auto-descoberta surpreendente.
No entanto, para mim, é Elijah a cereja deste filme. Uma personagem excêntrica com um percurso de vida sofrido que nos conecta a ele de imediato e com muitos mistérios para descobrir.
Um filme surpreendente que vale a pena ver.

Nota: 7/10